terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Dia de caça

Um dos numerosos locais onde as amazonas demonstravam a sua elegância e intrepidez, era nas partidas de caça. No Reino Unido e França ainda há várias equipas que se dedicam a esta modalidade. As graciosas amazonas e os seus pares inspiraram inúmeros artistas que os representaram em grandes quadros, tapeçarias e objectos de luxo, como estátuas de bronze. Mas também os souberam imortalizar em objectos do dia a dia, de forma a que toda a sua graça se fosse tornando parte do quotidiano, inspirando desejos de ar puro, desporto e elegância. Aqui fica um exemplo, sob a forma de uma pequena e lindíssima colecção de postais antigos.










segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A diva do circo: Paulina Schumann

 A filha de Charles Rivelo famoso palhaço Catalão e Carmen Busto, ela própria filha de um palhaço, Paulina Luisa Andreu Busto nasceu em Barcelona, Espanha dia 17 de Fevereiro de 1921, onde os pais actuavam no  Circo Reina Victoria; Paulina foi, desta forma, criada no mundo do circo. Começou a sua carreira circense muito cedo, mas não foi imediatamente direccionada para a equitação, actuando como acrobata e bailarina. Foi apenas depois do nascimento dos seus dois filhos gerados do seu casamento com Albert Maximilian Schumann, que o seu sogro lhe pede para apresentar um número com seis cavalos em liberdade. Apesar de não ter experiência com cavalos, Paulina aceita, na condição de ser feito à sua maneira. Paulina estava determinada em representar e aprender a arte mais clássica e conservativa da arte circense equestre, introduzindo uma sofisticação pouco comum no uso de luzes, música, temas e trajes. Em 1947 ( o ano de iniciação equestre de Paulina) o produtor britânico Tom Arnold e o director Clement Buston organizaram um enorme espectáculo circense de inverno em Londres. Os Shumanns, que tinham trabalhado interminentemente para o Bertran Mill Circus, outro grande circo de inverno londoniano iniciaram uma sociedade com Tom Arold, que iria ajudar a assentar a reputação equestre da família.
Os novos produtores ficaram impressionados com as ideias de Paulina e o seu sentido de "showmanship." Concordaram em investir novos trajes e efeitos de cena. Os resultados deste investimento traduziram-se em brilhantes produções equestres anuais, que foram apresentadas nos circos de Estocolmo, Göteborg, Copenhaga e Harringway.
è neste período que Paulina se tornou na directora-coreógrafa dos números equestres dos Schumann, que eram inspirados, tanto na música como nos fatos, pelos grandes filmes da época. Alternando entre números em liberdade e de alta escola, encenaram soberbas representações equestres de Doctor Zhivago, My Fair Lady, Robin Hood, Gigi, as well as Schumanns in Mexico (1963), Feria de Primavera (1964) e From The Good Old Days: Paris 1900 (1965).
A família real da Suécia e Danemak nunca perderam uma noite de espectáculo dos Schumann em Copenhaga ou Estocolmo. Em Londres, a rainha Elizabeth II nunca perdeu uma actuação, indo visitar os basteadores com Paulina e Albert após cada espectáculo. Na Suécia, Paulina ainda pareceu em dois filmes:
Gøngehøvdingen (1961) e Dronningens vagtmester (1963).
O circo Schumann fechou em  1969. Então, Paulina e Albert separaram-se e desistiu das artes equestres, começando uma nova carreira com o pai, um palhaço famoso internacionalmente. Após a sua morte, Paulina reformou-se definitivamente do circo. Voltou para Cubelles, a aldeia Catalã onde nasceu. 


domingo, 11 de dezembro de 2011

O traje da Amazona à portuguesa

O traje á portuguesa é o mais representado no nosso pais, tradição obriga!Aqui fica uma pequena listagem da descrição dos seus vários elementos. ( Adataptado do blog trajes de Portugal) 
Começemos por cima, ou seja, pelo chapeu. Este possui aba larga revirada e mais curta do que o chapéu de homem, copa redonda e levemente convexa, adornado com dois pompons de seda. Actualmente, muitas amazonas preferem adoptar o modelo masculino, que pode ser aceite, mas não é o mais adequado.
Quanto à jaqueta, existiam vários modelos e cores. Eram confeccionadas nos mais diversos e nobres tecidos. Apresenta gola de virados e dois bolsos «metidos», com abertura vertical e forrados de cetim. A jaqueta não apresenta botões e é toda contornada a galão preto, desenhando enfeites nos bolsos e nas costas. As mangas, também sem botões nos punhos, têm os ombros bem vincados, com a cabeça da manga bastante larga, quase em balão. Vai estreitando tornando-se justa no antebraço e terminando sem punho. O forro da jaqueta é em seda no tom do tecido. Por debaixo da jaqueta usa-se blusa branca, de colarinho pequeno, adornada com renda de algodão. O colarinho pode ser enfeitado com uma pregadeira ou com um laço de cetim. A manga pode ter os punhos adornados com renda. O uso do corpete é opcional, mas a faixa de cetim ou merino é obrigatória.
Para montar à amazona, de lado, a saia tem um desenho complexo. O seu modelo é elaborado para armar em semicírculo sobre o cavalo e conferir à amazona conforto e compostura. Esta é bastante mais comprida à frente que atrás. Apresenta dois cortes à altura dos joelhos, para que, na sela, a saia se ajuste aos membros e tape quase por completo a bota esquerda que se apoia no estribo. Os pontos de apoio dos joelhos são reforçados no avesso por um forro de seda. No forro do lado direito existe uma liga elástica, que fixa a saia ao tornozelo da amazona, a fim de evitar que esta se desloque com o vento ou o andamento do cavalo. Uma vez que a saia é bastante comprida à frente, quando apeada, a amazona tem de a segurar pelo corte do joelho direito ou prende-la por asselha caseada em linha no mesmo sítio, a um botão, ou peça de ourivesaria, colocado à altura do terço superior da coxa direita. Seguindo esta discrição , suponho que seja uma variante da saia de amazona "Duchesse d'Uzes" 
Por baixo da saia, a amazona usava uns calções de alçapão, de gancho bastante alto e pernas largas que terminam num punho, apertado por três botão. Ajusta-se à anca por duas aberturas laterais fechadas por quatro botões. Calçava botinas de cano curto fechado por botões de pé.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Pesadelo Amazónico

Esta é sem dúvida a pior sela de amazona que tive a infelicidade de ver até hoje. De tal maneira que a denominação "sela de Amazona" não pode de forma nenhuma ser usada neste caso. À primeira vista, parece-me que o que foi utilizado para o seu fabrico não foi nada mais nada menos do que o vaso de um arreio normal, em que foi acrescentado uma espécie de arco para formar o gancho fixo e uma réstia de terceiro gancho à direita, assim como um "palito" para formar o gancho inferior. Provavelmente trata-se de um produto "made in china " e a pobre aspirante a amazona que o comprou não fazia a menor ideia do que estaria a fazer, pensando realizar os seus sonhos de amazona sozinha, por não conseguir encontrar ninguém que a guiasse (infelizmente, é uma situação demasido frequente). Mas caso ela conseguisse encaixar a coxa direita no "gancho fixo" teria  depois de lidar com um assento curtíssimo, estreito e demasiado inclinado! A coxa esquerda iria ficar num angulo extremamente desconfortável, pois o "gancho fixo" esta fixado de tal forma que teria de estar quase na vertical em relação ao chão. Isto tudo para não mencionar o formato estranhíssimo da aba esquerda, e a obvia falta de segurança que esta "sela" proporciona..

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A forma correcta de desmontar em 6 passos

É muito mais fácil do que montar. Segue-se a forma mais correcta, em seis passos simples.
  1. (caso use saia) Retire o elástico do nos no pé direito;
  2. Tire o pé esquerdo do estribo;
  3. Segure as rédeas numa posição mais alta para não ficar enrolada nelas;
  4. Retire a perna direita do gancho fixo sentando-se completamente de lado;
  5. Escorregue/salte para o chão (após se ter assegurado que a saia não ficará retida nos ganchos); 
  6. Use os joelhos para amortecer o impacto ao chegar ao solo.
Ou aqui fica a forma historicamente correcta e muito mais "romântica" retirada de um manual para senhoras editado em 1879.
"Ao desmontar, a senhora toma as duas rédeas na mão direita, retira o joelho do gancho (na altura, os ganchos das selas ainda tinhas a forma característica "em berço"), o seu pé do estribo e após verificar a compostura do seu traje, impulsiona-se ligeiramente de forma a cair nos braços do "gentleman" pronto para a receber."
Belos tempos sem dúvida...

As grandes marcas: Mayhews

Frédéric William MAYHEWS abriu a sua oficina no início dos anos 1880 instalada no nº41 Seymour Place em Londres.
Em 1881, obteve uma patente de uma sela com um gancho superior triangular, o gancho de caça. Progressivamente, o seu design muda e transforma-se para se adaptar à procura da época, e inventa em 1927 um novo modelo de vaso, mais leve e reforçado com alumínio, patenteado, o "ligthweigth sidesaddle" que assegurou o seu sucesso e suscita o interesse da Rainha Victoria, tornando se o seu fornecedor, assim como o das cortes reais de Espanha e do Tsar da Rússia. Esta marca é muito apreciada por toda a nobreza e "gentry" da época. Ele será tão respeitado e conhecido que a casa Hermés  obteve autorização de uso da patente e se inspirará das suas selas para criar o famoso modelo "caça", reproduzindo o assento largo e os ganchos de forma triangular, mas sobretudo o sistema de segurança do loro, simples, mas muito eficaz. As selas Mayhews distinguem-se também pela forma da aba direita, menos pronunciado que a das Owens, que será mais tarde também ela copiada por Hermés. A partir de 1930, Mayhews decide reformar-se, deixando o seu legado à filha que por sua vez o irá confiar ao seleiro Champion & Wilton, que usará os seus conceitos.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ser Amazona, porquê?

É uma pergunta que me fazem frequentemente, porque montas em Amazona? É verdade que montar "normalmente" é mais fácil em todos os aspectos. É mais fácil encontrar uma boa sela, é mais fácil encontrar um cavalo "de escola" e um professor competente. Não somos ostracizados ou alvo de curiosidade, não se duvida tão facilmente da nossa capacidade em acompanhar um grupo de cavaleiros, de realizar um movimento de dressage mais difícil ou simplesmente do nosso equilíbrio em sela.  Então porque persistir em ressuscitar uma forma de equitação praticamente esquecida? 
A minha primeira razão prende-se pela força das sensações. Mais nenhuma forma de montar permite sentir tanto o cavalo e fazer corpo com ele. As nossas ajudas são muitas mais limitadas, o que nos obriga comunicar com o cavalo e ser extremamente precisas, usando ao mínimo os nossos recursos. Obter o movimento correcto com o mínimo de ajudas é ao meu ver o sinal de um trabalho bem feito e mil vezes mais valioso do que o "arrancar" à força.  A segunda vem do prazer de ressuscitar uma velha tradição. De ter o sentimento de se ser elegante e feminina a cavalo, pois haverá alguma coisa mais elegante do que uma Amazona bem montada num belo cavalo? 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Prendas de Natal!

O natal está a porta e encontrei um site fantáscico, com artigos muito bonitos para todos os amantes de cavalos, caça e claro, Amazonas!

http://www.horseandhound.com/

Aqui ficam alguns belíssimos exemplos:




sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A moda Amazona de 1880 a 1894

Vou iniciar o meu repertório de moda amazona com á minha época favorita em termos de fatos de amazona, os anos entre 1880 e 1894. Período que inclui um pedaço da época Victoriana (1851-1901), caracetriza-se por uma elegância equestre feita de discrição e sobriedade, que se irá alastrar pelos períodos seguintes, que apenas se podem diferenciar através de pequenos pormenores como os botões, comprimento e cintado do casaco.
Traje de montar 1880
Os fatos eram principalmente feito de tecido grosso, de lã ou linho consoante a estação. Resistente e fácil de limpar. Os tecidos mais preciosos como as sedas, veludos, tafetás e outros era reservados para os vestidos de baile, saídas ou outras grande ocasiões, por estes eram caros mas sobretudo frágeis. A decoração dos trajes de montar consistia principalmente em botões, galões ou um alfinete de peito sóbrio. Por baixo usavam um camiseiro simples ou decorado com um pouco de renda. O toucado era também sóbrio, a  grande maioria usava a cartola, decorada de um véu, o "suivez-moi".  Nas mãos calçavam luvas de pele. As cores usadas no inverno eram neutras e escuras, como o preto, cinzento escuro, castanho, verte muito escuro. No verão usavam-se os tons mais claros: cinzento claro, rato, bege, amarelo mostarda. O toucado poderia ser mais fantasista e decorado por algumas penas.



"Mode ilustrée" 1882



Traje de montar 1887



"Mode ilustrée" 1891

"Mode ilustrée" 1893


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Teste para Amazonas e Cavaleiros

Se te identificas com as seguintes frase:
  • Encontras pelos, palha, elásticos pequenos nos bolsos do teu casaco/ colete
  • Se as tuas botas/ botins/polainas não vêem unto há meses, mas os cascos do teu cavalo são untados todas as semanas
  •  Se não tens vergonha do estado do teu carro "como assim já não se sabe de que cor é?!"
  • Se os teus amigos hesitam em pedir-te boleia (o cheiro a cavalo, lama e pelos são altamente dissuasivo!)
  • Se não fases ideia da moda actual, mas estas em cima das últimas tecnologias e tendências equestres
  • Se não tens filhos mas compras Halibut, Bepantene, vaselina em tubo a afins em quantidades industriais
  • Se tens mais cuidado e compras mais produtos para a crina/ pelo do teu cavalo do que do teu cabelo
  • Se na mala do carro tens sempre algum artigo equestre: botas, suadouro, cabeçada, stick e afins
  • Se o único ser com quem partilhas sem hesitar o teu lanche é o teu cavalo (maçã bolachas, sandes e outros..)
  • Se consegues detectar em segundos a ausência de corrente numa cerca, e és pro em abri todo o tipo de porteiras
  • Se estalas a língua para desviar além (conhecido!) do teu caminho/ incitar o teu carro a avançar numa subida 
  • Se quando ouves uma música, imaginas usar o instrumental para uma kür
  • Se deixas de sair num sábado à noite porque no domingo de manha para lá do sol posto e tens de sair as 5h da manha com um frio de racha para poder participar
  • Se nunca foste aos estados Unidos mas já experiemntaste à emoção de fazer rodéo
  • Se já viste muitas vezes o solo de bem perto
  • Se coleccionas revistas/ posters de cavalos
  • Se te enervas sempre que ouves alguém dizer "a equitação não é um desporto"
  • (especial Amazonas) se te enervas sempre que ouves chamar "Amazona" a uma cavaleira escarranchada
  • Se observas, com um olhar crítico, muitas vezes cínico, raramente maravilhado o aparecimento de um cavalo na televisão
  • Se és capaz de citar uma boa dúzia de cavalos e cavaleiros internacionais, mas não fazes ideia dos nomes dos jogadores da selecção portuguesa..
  • Se para ti passar um exame de sela é muito mais stressante do que qualquer outro exame
  • Se adoras o cheiro do couro, da palha e claro, do cavalo
  • Se sempre que passar por um bom caminho florestal/ grande pedaço de campo aberto te imaginas a galopar com o cabelo ao vento
  • Se, após inúmeras sessões de treino, a sensação "daquele" exercício bem conseguido te faz ter lágrimas nos olhos
  • Se as tuas melhores recordações são a de um relinchar de boas vindas, ou dos breves instantes em que o teu cavalo encosta a cabeça dele ao teu ombro
  • Se a única coisa que te anima num dia mau é um bom passeio a cavalo, ou simplesmente uma sessão de limpeza/ festas/ trabalho a pé etc
Então foste oficialmente contagiada (o) pela paixão do Cavalo!

Insólitos en Amazona

Temos um cavalo com um arreio de amazona;
A senhora tem vestido um traje de montar de época 1920-1930;
Usa um chapeu de palha;
Segura um chicote na mão esquerda, o cavalo com a mão direita;
MAS MAS?!
Que tipo de botas de montar são aquelas?!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pomada Mágica

Montar a cavalo, seja ou não em Amazona é um verdadeiro remédio para a alma!Infelizmente pode ter efeitos colaterais menos agradáveis no corpo...Os nossos antepassados tinham a solução! Aqui esta uma antiga publicidade da fantásctica panaceia:

Dailey's, o extractor de dor mágico, a pomada para toda a família
O verso do folheto, com as dez razões necessárias para usar esta pomada

Qualquer Amazona concordará comigo, a nossa forma de montar é fantástica, mas deixa por vezes sequelas dolorosas...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O bom posicionamento da mão

A amazona, pela sua posição pelicular em sela, esta sentada mais longe da boca do cavalo. Consequentemente, terá de trabalhar com rédeas mais compridas. Esta também deve montar com as mãos mais abertas, para que acções da mão esquerda não sejam prejudicadas pelos ganchos da sela e para que o stick (na mão direita) seja sempre mantido na vertical. Deverá ter os ombros descontraídos, cotovelos meio dobrados e caindo naturalmente ao longo do corpo, as mãos no alinhamento embocadura/pulso/cotovelo,  "pousadas" sobre as coxas.
Defeitos mais comuns:
Amazona fora do eixo:
Os ombros já não estão paralelos aos do cavalo, a coxa direita  demasiada avançada na sela leva a uma rotação das ancas a amazona fica torcida na sela, o que é desconfortável e ineficaz!
O que fazer: "puxar" a coxa e o ombro direito para trás, não hesitar em segurar pontualmente a cilha de equilíbrio para se assegurar do bom posicionamento.
Braços tensos:
Os cotovelos estão demasiado abertos, os braços esticados perdendo flexibilidade. Torna-se difícil acompanhar a boca do cavalo.
O que fazer: Procurar a descontracção, "sacudir" e relaxar a parte superior do corpo, deixar cair os antebraços sobre as coxas
Mãos que se atravessam:
É um clássico, também nos cavaleiros, uma das mãos que atravessa o pescoço do cavalo para o lado oposto. Tem muitas consequências, todas elas negativas: tensão desnecessária nas redes, desfavorecer a entrada dos posteriores sob a massa, "torcer" o cavalo.
O que fazer: esse defeito é frenquentemente induzido pelo desejo de mobilizar as espáduas, apenas com a ajuda da mão de fora. Convém usar as duas mãos, mantendo o afastamento inicial, e "empurrar" as espáduas mantendo sempre o contacto do stick na espádua ou antes da cilha





segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Amazonas na Golegã

Para aqueles que ainda não viram o programa da Feira do Cavalo deste ano,  a Associação Portuguesa de Amazonas irá estar presente, numa demostração no dia 11 de Novembro pelas 19h30, no largo do Arneiro.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um cavalo dentro de casa

Todos os cavaleiros e amazonas já sentiram uma certa preguiça em sair de casa para montar, principalmente nos dias mais frios e chuvosos do Inverno. Os nossos antepassados inventaram uma solução!
O cavalo mecânico:
Podia ser encontrado nos ginásios da época em casas bem abastadas. Alguns exemplares estavam a bordo do famoso navio Titanic. O  cavalo mecânico abaixo era propriedade de uma clínica psiquiátrica, onde era usado para proporcionar exercício aos pacientes.

A sela é uma sela normal em que foram "enroscados" no vaso os dois ganchos amovíveis e reversíveis para que pudesse ser usada tanto por homens como por mulheres  tanto do lado esquerdo como direito. Infelizmente, carrega pesadas marcas infligidas pelo tempo.
Aqui está ele em acção:

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Marketing e as Amazonas I

As Amazonas sempre foram usadas como um elemento integrante de publicidades para todo o tipo de produtos.
Deste dos artigos mais obvios como selas:
Escondidas nas páginas dos jornais da época:
Botas e sapatos:
Alfaiates:

Corpetes:


domingo, 16 de outubro de 2011

Amazona contra os princípios básicos da Equitação?

Disseram-me a bem pouco tempo que a equitação em amazona ia contra todos os princípios de contacto e ligeireza. Eu poderia produzir agora mesmo um texto argumentativo, contra uma afirmação tão errada e insensata. O facto de ter uma perna de cada lado não nos torna necessariamente bons cavaleiros, com o bom contacto e coordenação de ajudas que nos permite ter um cavalo ligeiro. Uma boa Amazona é tão capaz de um bom trabalho como um cavaleiro "normal" . Mas em vez de que argumentar, prefiro mostrar:


Estão convencidos?

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Histórias para contar

Gosto de lugares antigos, casas e objectos com um passado e histórias para contar. Tenho um grande apego às tradições, a tudo o que liga o presente ao passado e define a identidade de um povo. Os objectos são um testemunho fantástico do seu proprietário. Neste caso, falarei apenas de antiguidades ligadas ao cavalo, e mais especificamente, selas de amazona. Não só pela sua forma e beleza mas também porque mais do que as selas clássicas, cada uma tem sempre um detalhe, uma particularidade que as distingue das outras. Nunca há duas iguais, mesmo quando saídas das mãos do mesmo mestre seleiro, e cada uma carrega a história da sua proprietária, depois de ter carregado e sido um veículo para a sua paixão. Simbolizam ao mesmo tempo a desigualdade e repreensão a que as mulheres foram sujeitas, mas também o seu triunfo, ao expressar a mais graciosa feminidade e elegância equestre, pois o que poderá ser mais gracioso do que uma mulher montando bem um belo cavalo em amazona? Uma objecto com um passado tão rico, torna-se imensamente valioso, é um pedaço de história que por vezes, temos a sorte de conseguir obter. Lembro-me bem do dia em que passei pela primeira vez as mãos pela minha, enquanto era assaltada por uma boa dezena de perguntas: Como seria a sua antiga proprietária? Como era usada? Onde foi fabricada? Que idade tem? Será que participou em muitos passeios, provas, ou até mesmo desfiles ou feiras? Que cavalos montava? Infelizmente, a primeira dona da minha sela galopa com os anjos, e estas perguntas permanecerão para sempre sem resposta. Mas a sela que deixou para trás continuará a ser amorosamente cuidada para poder proporcionar mais sonhos e grandes alegrias a quem teve a sorte e a perseverança suficiente para a obter.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Anti-Amazona: Onde está o erro?

Estas três selas tem várias coisas em comum. Além de serem de péssima qualidade, e extremamente mal construídas possuem uma característica que pode alertar até as menos experientes em detectar este tipo de fraude. Aqui ficam os exemplares:

Para quem não descobriu, aqui fica a resposta: a ponteira  da cilha de balanço, além de apontar para trás, em vez de para a frente, está situado do lado esquerdo, onde obviamente, não poderá exerçer a sua função de contrapeso...

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Selas do mundo: Sela Mexicana


Durante o processo de fabrico

A sela de amazona mexicana chama-se "albarda charra". O vaso assemelha-se mais à de uma sela americana do que às clássicas inglesas. O assento é constituído "apenas" por uma acumulação de camadas de espuma, o que torna a sela mais leve, mas também afasta a amazona do seu cavalo. A sela mantém os três ganchos, os dois superiores "em berço", o que mantém melhor a amazona no seu lugar, o que é muito importante pois estas executam movimentos rápidos e bruscos.  Uma das particularidades destes arreios é a parecença de um estribo à direita.  Este é muitas vezes preso à cilha por uma correia para o impedir de ressaltar com o movimento.
A sela completa



terça-feira, 11 de outubro de 2011

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Anti-Amazona

Esta sela é um modelo barato e um exeplo do que não queremos. Gancho superior e inferior demasiado direitos, mal implantados e finos. Assento provavelmente mal equilibrado. Caso alguem lhe tente vender uma sela assim, fuja. Só lhe poderá trazer desgosto, desconforto e perda de investimento!

O salto de obstáculos


Uma vez mais a vontade em sela, a amazona pode iniciar-se ao salto de obstáculos. Para isso, não há necessidade de encurtar o estribo, as pernas devem manter a sua posição habitual. Inicialmente, convém começar por passar barras no solo para trabalhar a posição e o equilíbrio, de modo a que a cavaleira não apoie o peso no estribo. As consequências de tal habito são muitas e todas nefastas à equitação. O corpo deixa de estar no eixo do cavalo, a sela pode rodar ligeiramente e o equilíbrio ficar comprometido. Deve, em vez disso apoiar-se na sua perna direita, "empurrando" o ombro do cavalo com o tornozelo direito, sem fechar demasiado o joelho no gancho superior, pois pode levar a uma rotação do tronco para fora do eixo do cavalo. A perna esquerda deve manter a sua posição habitual junto à cilha. Algumas passadas antes do salto, a Amazona deve inclinar-se ligeiramente para a frente, a partir das ancas mantendo as costas planas. Deve pensar a acompanhar o movimento do pescoço e da cabeça com as mãos. Para segurar um cavalo um pouco fogoso, é melhor levantar um pouco a mão do que puxar as rédeas, isso apenas incomoda o cavalo que precisa de estender o pescoço para o salto. Como no trote levantado, é o movimento do cavalo que da a impulsão a amazona para se levantar na sela e acompanhar o salto. Mas para obstáculos maiores, esta poderá avançar na sela, para assegurar um equilíbrio ainda mais seguro.  
Mecanismo do salto


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O cilhão de amazona

Na época das grandes Écuyères de circo, foi criado especialmente para elas o cilhão de amazona. Este era muito usado para dar a sensação que a amazona montava sem sela.
Actualmente, os cilhoes de amazona são objectos muito raros e valiosos, muito difíceis de encontrar.