terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Dia de caça

Um dos numerosos locais onde as amazonas demonstravam a sua elegância e intrepidez, era nas partidas de caça. No Reino Unido e França ainda há várias equipas que se dedicam a esta modalidade. As graciosas amazonas e os seus pares inspiraram inúmeros artistas que os representaram em grandes quadros, tapeçarias e objectos de luxo, como estátuas de bronze. Mas também os souberam imortalizar em objectos do dia a dia, de forma a que toda a sua graça se fosse tornando parte do quotidiano, inspirando desejos de ar puro, desporto e elegância. Aqui fica um exemplo, sob a forma de uma pequena e lindíssima colecção de postais antigos.










segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A diva do circo: Paulina Schumann

 A filha de Charles Rivelo famoso palhaço Catalão e Carmen Busto, ela própria filha de um palhaço, Paulina Luisa Andreu Busto nasceu em Barcelona, Espanha dia 17 de Fevereiro de 1921, onde os pais actuavam no  Circo Reina Victoria; Paulina foi, desta forma, criada no mundo do circo. Começou a sua carreira circense muito cedo, mas não foi imediatamente direccionada para a equitação, actuando como acrobata e bailarina. Foi apenas depois do nascimento dos seus dois filhos gerados do seu casamento com Albert Maximilian Schumann, que o seu sogro lhe pede para apresentar um número com seis cavalos em liberdade. Apesar de não ter experiência com cavalos, Paulina aceita, na condição de ser feito à sua maneira. Paulina estava determinada em representar e aprender a arte mais clássica e conservativa da arte circense equestre, introduzindo uma sofisticação pouco comum no uso de luzes, música, temas e trajes. Em 1947 ( o ano de iniciação equestre de Paulina) o produtor britânico Tom Arnold e o director Clement Buston organizaram um enorme espectáculo circense de inverno em Londres. Os Shumanns, que tinham trabalhado interminentemente para o Bertran Mill Circus, outro grande circo de inverno londoniano iniciaram uma sociedade com Tom Arold, que iria ajudar a assentar a reputação equestre da família.
Os novos produtores ficaram impressionados com as ideias de Paulina e o seu sentido de "showmanship." Concordaram em investir novos trajes e efeitos de cena. Os resultados deste investimento traduziram-se em brilhantes produções equestres anuais, que foram apresentadas nos circos de Estocolmo, Göteborg, Copenhaga e Harringway.
è neste período que Paulina se tornou na directora-coreógrafa dos números equestres dos Schumann, que eram inspirados, tanto na música como nos fatos, pelos grandes filmes da época. Alternando entre números em liberdade e de alta escola, encenaram soberbas representações equestres de Doctor Zhivago, My Fair Lady, Robin Hood, Gigi, as well as Schumanns in Mexico (1963), Feria de Primavera (1964) e From The Good Old Days: Paris 1900 (1965).
A família real da Suécia e Danemak nunca perderam uma noite de espectáculo dos Schumann em Copenhaga ou Estocolmo. Em Londres, a rainha Elizabeth II nunca perdeu uma actuação, indo visitar os basteadores com Paulina e Albert após cada espectáculo. Na Suécia, Paulina ainda pareceu em dois filmes:
Gøngehøvdingen (1961) e Dronningens vagtmester (1963).
O circo Schumann fechou em  1969. Então, Paulina e Albert separaram-se e desistiu das artes equestres, começando uma nova carreira com o pai, um palhaço famoso internacionalmente. Após a sua morte, Paulina reformou-se definitivamente do circo. Voltou para Cubelles, a aldeia Catalã onde nasceu. 


domingo, 11 de dezembro de 2011

O traje da Amazona à portuguesa

O traje á portuguesa é o mais representado no nosso pais, tradição obriga!Aqui fica uma pequena listagem da descrição dos seus vários elementos. ( Adataptado do blog trajes de Portugal) 
Começemos por cima, ou seja, pelo chapeu. Este possui aba larga revirada e mais curta do que o chapéu de homem, copa redonda e levemente convexa, adornado com dois pompons de seda. Actualmente, muitas amazonas preferem adoptar o modelo masculino, que pode ser aceite, mas não é o mais adequado.
Quanto à jaqueta, existiam vários modelos e cores. Eram confeccionadas nos mais diversos e nobres tecidos. Apresenta gola de virados e dois bolsos «metidos», com abertura vertical e forrados de cetim. A jaqueta não apresenta botões e é toda contornada a galão preto, desenhando enfeites nos bolsos e nas costas. As mangas, também sem botões nos punhos, têm os ombros bem vincados, com a cabeça da manga bastante larga, quase em balão. Vai estreitando tornando-se justa no antebraço e terminando sem punho. O forro da jaqueta é em seda no tom do tecido. Por debaixo da jaqueta usa-se blusa branca, de colarinho pequeno, adornada com renda de algodão. O colarinho pode ser enfeitado com uma pregadeira ou com um laço de cetim. A manga pode ter os punhos adornados com renda. O uso do corpete é opcional, mas a faixa de cetim ou merino é obrigatória.
Para montar à amazona, de lado, a saia tem um desenho complexo. O seu modelo é elaborado para armar em semicírculo sobre o cavalo e conferir à amazona conforto e compostura. Esta é bastante mais comprida à frente que atrás. Apresenta dois cortes à altura dos joelhos, para que, na sela, a saia se ajuste aos membros e tape quase por completo a bota esquerda que se apoia no estribo. Os pontos de apoio dos joelhos são reforçados no avesso por um forro de seda. No forro do lado direito existe uma liga elástica, que fixa a saia ao tornozelo da amazona, a fim de evitar que esta se desloque com o vento ou o andamento do cavalo. Uma vez que a saia é bastante comprida à frente, quando apeada, a amazona tem de a segurar pelo corte do joelho direito ou prende-la por asselha caseada em linha no mesmo sítio, a um botão, ou peça de ourivesaria, colocado à altura do terço superior da coxa direita. Seguindo esta discrição , suponho que seja uma variante da saia de amazona "Duchesse d'Uzes" 
Por baixo da saia, a amazona usava uns calções de alçapão, de gancho bastante alto e pernas largas que terminam num punho, apertado por três botão. Ajusta-se à anca por duas aberturas laterais fechadas por quatro botões. Calçava botinas de cano curto fechado por botões de pé.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Pesadelo Amazónico

Esta é sem dúvida a pior sela de amazona que tive a infelicidade de ver até hoje. De tal maneira que a denominação "sela de Amazona" não pode de forma nenhuma ser usada neste caso. À primeira vista, parece-me que o que foi utilizado para o seu fabrico não foi nada mais nada menos do que o vaso de um arreio normal, em que foi acrescentado uma espécie de arco para formar o gancho fixo e uma réstia de terceiro gancho à direita, assim como um "palito" para formar o gancho inferior. Provavelmente trata-se de um produto "made in china " e a pobre aspirante a amazona que o comprou não fazia a menor ideia do que estaria a fazer, pensando realizar os seus sonhos de amazona sozinha, por não conseguir encontrar ninguém que a guiasse (infelizmente, é uma situação demasido frequente). Mas caso ela conseguisse encaixar a coxa direita no "gancho fixo" teria  depois de lidar com um assento curtíssimo, estreito e demasiado inclinado! A coxa esquerda iria ficar num angulo extremamente desconfortável, pois o "gancho fixo" esta fixado de tal forma que teria de estar quase na vertical em relação ao chão. Isto tudo para não mencionar o formato estranhíssimo da aba esquerda, e a obvia falta de segurança que esta "sela" proporciona..

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A forma correcta de desmontar em 6 passos

É muito mais fácil do que montar. Segue-se a forma mais correcta, em seis passos simples.
  1. (caso use saia) Retire o elástico do nos no pé direito;
  2. Tire o pé esquerdo do estribo;
  3. Segure as rédeas numa posição mais alta para não ficar enrolada nelas;
  4. Retire a perna direita do gancho fixo sentando-se completamente de lado;
  5. Escorregue/salte para o chão (após se ter assegurado que a saia não ficará retida nos ganchos); 
  6. Use os joelhos para amortecer o impacto ao chegar ao solo.
Ou aqui fica a forma historicamente correcta e muito mais "romântica" retirada de um manual para senhoras editado em 1879.
"Ao desmontar, a senhora toma as duas rédeas na mão direita, retira o joelho do gancho (na altura, os ganchos das selas ainda tinhas a forma característica "em berço"), o seu pé do estribo e após verificar a compostura do seu traje, impulsiona-se ligeiramente de forma a cair nos braços do "gentleman" pronto para a receber."
Belos tempos sem dúvida...

As grandes marcas: Mayhews

Frédéric William MAYHEWS abriu a sua oficina no início dos anos 1880 instalada no nº41 Seymour Place em Londres.
Em 1881, obteve uma patente de uma sela com um gancho superior triangular, o gancho de caça. Progressivamente, o seu design muda e transforma-se para se adaptar à procura da época, e inventa em 1927 um novo modelo de vaso, mais leve e reforçado com alumínio, patenteado, o "ligthweigth sidesaddle" que assegurou o seu sucesso e suscita o interesse da Rainha Victoria, tornando se o seu fornecedor, assim como o das cortes reais de Espanha e do Tsar da Rússia. Esta marca é muito apreciada por toda a nobreza e "gentry" da época. Ele será tão respeitado e conhecido que a casa Hermés  obteve autorização de uso da patente e se inspirará das suas selas para criar o famoso modelo "caça", reproduzindo o assento largo e os ganchos de forma triangular, mas sobretudo o sistema de segurança do loro, simples, mas muito eficaz. As selas Mayhews distinguem-se também pela forma da aba direita, menos pronunciado que a das Owens, que será mais tarde também ela copiada por Hermés. A partir de 1930, Mayhews decide reformar-se, deixando o seu legado à filha que por sua vez o irá confiar ao seleiro Champion & Wilton, que usará os seus conceitos.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ser Amazona, porquê?

É uma pergunta que me fazem frequentemente, porque montas em Amazona? É verdade que montar "normalmente" é mais fácil em todos os aspectos. É mais fácil encontrar uma boa sela, é mais fácil encontrar um cavalo "de escola" e um professor competente. Não somos ostracizados ou alvo de curiosidade, não se duvida tão facilmente da nossa capacidade em acompanhar um grupo de cavaleiros, de realizar um movimento de dressage mais difícil ou simplesmente do nosso equilíbrio em sela.  Então porque persistir em ressuscitar uma forma de equitação praticamente esquecida? 
A minha primeira razão prende-se pela força das sensações. Mais nenhuma forma de montar permite sentir tanto o cavalo e fazer corpo com ele. As nossas ajudas são muitas mais limitadas, o que nos obriga comunicar com o cavalo e ser extremamente precisas, usando ao mínimo os nossos recursos. Obter o movimento correcto com o mínimo de ajudas é ao meu ver o sinal de um trabalho bem feito e mil vezes mais valioso do que o "arrancar" à força.  A segunda vem do prazer de ressuscitar uma velha tradição. De ter o sentimento de se ser elegante e feminina a cavalo, pois haverá alguma coisa mais elegante do que uma Amazona bem montada num belo cavalo? 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Prendas de Natal!

O natal está a porta e encontrei um site fantáscico, com artigos muito bonitos para todos os amantes de cavalos, caça e claro, Amazonas!

http://www.horseandhound.com/

Aqui ficam alguns belíssimos exemplos: