quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Em sela! : O galope

Pequena revisão teórica do andamento:
O galope é um andamento a três tempos assimétrico, pois o cavalo tanto pode galopar à mão esquerda como à direita, os membros direitos e esquerdos efectuanto movimentos distintos, para cada mão de galope. É um andamento saltado porque as seguir a uma passada de galope, o cavalo encontra-se suspenso, sem nenhum membro apoiado no chão. A qualidade do galope avalia-se pela regularidade, elasticidade, impulsão e equilíbrio do conjunto. Distinguem-se várias variantes deste andamento:
  • O galope de trabalho: neste andamento, um cavalo ainda não treinado e pronto para os andamentos concentrados apresenta-se na mão, activo, com passadas ligeiras, equilibradas e cadenciadas com o pós mão activo.
  • O galope médio: o cavalo avança francamente,impulsionado, alargando as passadas e conservando o seu equilíbrio. Ocorre uma ligeira descida do pescoço e um avanço da cabeça para além da vertical, que deve ser acompanhado pela mão da amazona.
  • O galope largo: o cavalo deve alongar as passadas, cobrindo o máximo de terreno sem perder o equilíbrio, ritmo e calma, graças a uma maior impulsão. A mão da amazona deve acompanhar o alongamento do pescoço e avanço da cabeça.
  • O galope concentrado: O cavalo desloca-se na mão, com o pescoço elevado e arredondado a nuca no ponto mais alto. A ligeireza das espáduas é provocada por uma maior impulsão e entrada dos posteriores debaixo da massa. As passadas são mais curtas, o cavalo torna-se mais ligeiro e manejável.
A saída a galope pode ser feita por perda, ou ganho de equilíbrio. Na primeira opção, o galope é voluntariamente tomado acelerando o trote até que o cavalo "caia" no galope, estando todo o seu peso nas espáduas. Um cavalo (e amazona!) de treino mais avançado tomarão o galope por ganho de equilíbrio. A partir do parado, passo , ou trote. O peso do corpo é transferido para o pós-mão para de seguida propulsar-se para o galope, mantendo o equilíbrio.
O galope, andamento basculado, é seguido com mais facilidade pela amazona. Todo o corpo do cavalo baloiça, para trás e para a frente em cada passada um pouco como um cavalo de baloiço. Para se ligar a este movimento, a amazona deve baloiçar com o cavalo, acompanhado com o rim cada passada. O trabalho do rim é facilitado quando se monta em amazona, pois toda a parte da bacia e pernas estão aderentes à sela, fazem parte do cavalo. Tudo o que está acima da cintura da amazona pertence-lhe e permanece direito, sem oscilar, acompanhando com flexibilidade os andamentos. É tudo uma questão de bom assento e abdominais. Efectivamente, a equitação em amazona é mais "tónica" do que a "normal". A amazona aparece sentada confortavelmente sentada, pernas descontraídas, uma sobre a sela, outra apoiada pelo estribo. Mas na prática, nada poderia ser mais falso. A amazona depende da sua capacidade a seguir e acompanhar todos os movimentos do cavalo, e para isso necessita de bons abdominais e músculos dorsais. Enquanto estes não sejam eficazes, não pode haver amazona eficaz!

 
 

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