quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Em sela! : O trote

Pequena revisão teórica do andamento:
O trote é um andamento a dois tempos separados por um tempo de suspensão. O cavalo progride por bípedes diagonais associados ou seja, com o apoio de anterior e o posterior do lado oposto. A velocidade média atingida por um cavalo a trote está compreendida entre os 13 e 15km/h.
Tem as seguintes variantes:
  • O trote de trabalho: é a variante intermédia entre o trote concentrado e o trote médio. É o trote de um cavalo no início do treino, que ainda deve aprender a concentração. Este deve ser activo e equilibrado. O pós-mão activo, as passadas iguais e elásticas.
  • O trote médio: é a variante intermédia entre o trote de trabalho e o trote largo, mais elevado e redondo que este. Há um alongamento moderado das passadas com uma nítida actividade do pós-mão. A cabeça está colocada à frente da vertical, e há uma descida da cabeça e do pescoço que deve ser acompanhada pela mão da amazona. O movimento deve ser regular, equilibrado e fácil.
  • O trote largo: é nesta variante que o cavalo cobre o máximo terreno, conservando a cadência e alargando as passadas, graças a uma maior impulsão. A amazona deve acompanhar o alongamento do pescoço, mantendo o cavalo na mão. O movimento deve ser regular, sem precipitar o andamento.
  • O trote concentrado: o cavalo mantém-se na mão, com o pescoço elevado e arredondado, com a nuca no seu ponto mais alto. Os posteriores estão activos e debaixo da massa, permitindo uma grande mobilidade das espáduas. As passadas são mais curtas e enérgicas que nas outras variantes do trote, mas o cavalo apresenta-se mais ligeiro e manejável.
Pequena descrição do movimento:
Quando um cavalo se desloca, o seu dorso ondula em função da sua locomoção, em vários planos: para a frente (de cima para baixo, e de baixo para cima, no movimento para diante) para os lados, rolando da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. O cavalo rola as espáduas e a garupa simultâneamente para lados opostos (quando as espáduas rodam para a direita, a garupa irá rolar para a esquerda, e vice versa). É a soma de todos estes movimentos que a amazona tem de absorver. Ela irá esforçar-se por amortecer os movimentos, ligando-se o mais possível ao movimento do cavalo conservando um contacto suave e permanente, de modo a ficar sentada o mais confortavelmente possível sem sofrer nem fazer sofrer ao cavalo nenhum traumatismo.

O trote em amazona
Como conseguir trotar eficazmente e confortavelmente em amazona? Através do jogo dos rins e da cintura. Amazona, pela sua posição particular, esta literalmente sentada na sela. Com ambos os fémures em contacto com a mesma. A articulação coxo-femoral está posicionada de uma forma muito mais natural que a  limita em termos de mobilidade. Esta está assim mais segura e equilibrada para abordar o trote sentado.Ela não tem de se preocupar com a descontracção das suas pernas, pousadas sobre, ou contra a sela tendo apenas de centrar a sua atenção no jogo cintura/rim.
A amazona prepara a saída a trote, sem se esquecer de verificar que está em contacto com a boca do cavalo, os ombros ligeiramente atrás da linha das ancas, sempre estritamente paralelas aos ombros do cavalo, o calcanhar esquerdo baixo, o pé direito descontraidamente ao longo da sela, com a ponta puxada para baixo. O stick será colocado junto à cilha, para ajudar a impulsão. Uma vez que o cavalo terá executado a ordem, a amazona deve deixar-se levar, fazendo trabalhar o rim e a cintura para acompanhar o andamento. Ela deverá preocupar-se em manter as costas direitas, ombro direito puxado atrás, sobretudo à mão esquerda. Os joelhos fechados a volta dos ganchos ajudam-na a manter-se sentada na sela. Tal como na equitação "normal" a amazona deve seguir o andamento, em vez de o contrariar.
 

Sem comentários:

Enviar um comentário